quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pirelli volta ao Circo da Fórmula 1

Depois de anos tendo a Bridgestone como fornecedora oficial, o Circo da Fórmula 1 ganha um novo parceiro. A partir de 2011, a Pirelli irá ser a única marca de pneus nos carros alinhados no Grid de Largada da F1.

A Pirelli fechou acordo para um período de três anos (2011-2013) do Campeonato Mundial de Fórmula 1. A FIA (Fédération Internationale de l’Automobile), as equipes, representadas pela entidade organizadora FOTA (Formula One Teams Association) e a Fórmula 1, representada pela FOM (Formula One Management), escolheram a Pirelli como a fornecedora exclusiva de pneus com base nas propostas específicas apresentadas pela empresa com o objetivo de garantir a equivalência técnica e operacional para os pilotos do campeonato.

O acordo comercial garante que a Pirelli fornecerá para as equipes seis diferentes tipos de pneus: quatro slicks (lisos), com compostos diferentes para vários tipos de superfícies secas; um pneu para chuva; e outro pneu intermediário para tempo úmido ou chuva fraca.

O retorno da Pirelli à Fórmula 1 também visa o futuro. Isso serve para a marca investir mais em pesquisas e desenvolvimento de tecnologias inovadoras para pneus.

A Pirelli vai fornecer também os pneus para a GP2 World Series – conhecida categoria de acesso para a Fórmula 1 – entre os anos 2011-2013.

Atualmente, a Pirelli é fornecedora exclusiva para alguns dos mais importantes campeonatos mundiais, tanto para carros quanto para motos, como a GP3, o Campeonato Mundial de Rally (WRC), o Rolex Sports Car Series da América do Norte, o Campeonato Mundial de Superbike (WSBK) e o Campeonato Mundial de Motocross. Além disso, a Pirelli também fornece para mais de 70 campeonatos nacionais e internacionais. A última vitória conquistada pela Pirelli em um Grande Prix foi o Grande Prêmio do Canadá de 1991, com Nelson Piquet pilotando uma Benetton.

domingo, 25 de abril de 2010

Toyota enfrenta problemas

O processo de produção industrial requer inúmeros cuidados e procedimentos de segurança em todas as etapas. Na indústria automotiva, as montadoras de veículos têm amargado dias dos mais complicados, e por unanimidade já reconheceram erros no processo de produção de carros.

O recall é uma mea culpa. Ao perceberem que há riscos de acidentes por conta de um componente com problema de fabricação, o recall é logo anunciado.

Nos últimos dois meses, a japonesa Toyota reconheceu os problemas ocorridos no acelerador do sedã Corolla, iniciando um dos maiores recall da história da indústria automotiva mundial: foram 8,5 milhões de veículos nos EUA, na Europa, no Canadá e na China com problemas no acelerador (travamento do pedal ou problemas com o tapete) ou no freio.

Por aqui, o staff brasileiro garantiu, durante o lançamento da versão com motor dois litros flex do Corolla, que o modelo brasileiro estava fora da lista, já que o componente nacional era totalmente diferente e de outro fornecedor. Porém, o Procon de Minas Gerais decidiu proibir a venda do Toyota Corolla, a partir de hoje (22/04/2010).

Segundo matéria publicada na Agência Folha, “a Toyota não poderá vender a partir de hoje o modelo Corolla em todo o território de Minas Gerais. A proibição é uma decisão administrativa do Procon estadual, vinculado ao Ministério Público de Minas. A medida tem relação com os casos de consumidores de Belo Horizonte que tiveram problemas de aceleração repentina e involuntária do Corolla automático. Nos acidentes registrados, em um deles houve perda total do veículo e a condutora sofreu ferimentos leves”.

Ainda de acordo com matéria do jornalista Paulo Peixoto (Agência Folha), “os concessionárias Toyota também apontaram o tapete como causa, segundo o processo: O tapete estava solto, sem as presilhas de fábrica necessárias à sua fixação no assoalho, deslizando até o pedal do acelerador e, assim, comprometendo o seu funcionamento. A suspensão da venda é até que a Toyota adote medidas de substituição dos tapetes dos veículos Corolla novos e usados, independentemente do ano, “por produtos seguros e com recurso que impossibilite a utilização, no veículo, de tapetes não originais, sem as especificações do fabricante”.

Agora, é aguardar. Por enquanto, nenhum proprietário de Corolla apresentou qualquer tipo de reclamação na Bahia.

Em seguida, a Toyota lançou um comunicado no Brasil.

Em resposta aos consumidores da marca e, em especial, do sedã Corolla, a Toyota enviou o seu pronunciamento sobre a Decisão Administrativa Cautelar do Ministério Público do Estado de Minas Gerais – PROCON/MG -de proibir a comecialização do veículo em Minas Gerais.

Leia na íntegra:

Com relação à decisão do Ministério Público de Minas Gerais de suspender as vendas do modelo Toyota Corolla naquele Estado, a Toyota esclarece:
1) A campanha de recall do pedal do acelerador anunciada pelas afiliadas da Toyota Motor Corporation não afeta os modelos vendidos no mercado brasileiro. Os componentes dos modelos usados nas regiões atingidas pelo recall são diferentes dos componentes usados nos veículos Toyota vendidos no Brasil.
2) A decisão do Ministério Público de Minas Gerais é baseada em alguns casos de aceleração involuntária reportados por clientes. Após análise desses casos, a Toyota identificou que o retorno do pedal do acelerador foi afetado pelo mau posicionamento ou instalação incorreta do tapete do motorista, assim como pelo uso de tapetes não genuínos, incompatíveis com o projeto do veículo.
3) A Toyota do Brasil reconhece e lamenta o registro destes casos com o modelo Corolla 2009, lançado em abril de 2008, e fundamentada em intensas avaliações assegura que:A) Os veículos Corolla não apresentam qualquer defeito que possa vir a causar aceleração involuntária;B) Os tapetes genuínos Toyota foram projetados para assegurar perfeita montagem no veículo e desde que instalados corretamente não apresentam possibilidade de interferir no movimento do pedal.4) Neste sentido, a Toyota do Brasil respeita, mas não concorda com a decisão de suspender as vendas do Corolla no Estado de Minas Gerais e tomará as medidas necessárias que preservem seus direitos.
A Toyota mantém-se empenhada juntamente com as autoridades competentes no completo esclarecimento e orientação ao público consumidor.

Toyota do Brasil
Assessoria de Imprensa

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Está na hora do GNV?

Com experiência de mais de 30 anos vendendo carros no mercado de seminovos, um lojista de Salvador está estimulando a compra de veículos com kit-gás instalado. Será que já é o momento?
Diante do aumento do preço do etanol e da gasolina – na capital baiana, o preço médio do litro é de R$ 2,10 (etanol) e 2,75 (gasolina) -, é bom pensar direitinho sobre o uso do gás natural veicular (GNV), já que é necessário investir pelo menos R$ 2 mil para a instalação do kit-gás no carro.Além disso, o GNV tem elementos que, se o dono do carro não tiver um cuidado diferenciado na hora da revisão, podem danificar as peças do motor. Entre os inúmeros problemas do GNV, estão a possibilidade de danos precoces no cabeçote, cabos de vela, cilindros, válvulas, entre outras peças mecânicas. Porém, há suas vantagens, principalmente o custo do km/rodado.

Um técnico em instalação de kit-gás defende o uso do GNV com os seguintes argumentos: “O GNV é o mais limpo dos combustíveis, impossível de ser adulterado por estar pressurizado e ser um gás, não afoga como a gasolina, não condensa, não estraga, não forma depósitos no motor e ainda por cima não é tóxico”. Com argumentos técnicos, realmente fica bem difícel discutir.

Porém, é bom avisar que a instalação do kit-gás em veículos zero elimina a garantia do fabricante. Além disso, sempre oriento a quem deseja usar o GNV, em substituição ao álcool, gasolina e ao diesel, que faça revisões em prazos menores de três meses.

Mais um recall – Quem era fã da mecânica Volkswagen deve estar revendo os seus conceitos, parafraseando o antigo anúncio da concorrente Fiat no Brasil. Depois do problema do óleo lubrificante e de ter aumentado o prazo de garantia do motor da linha Gol/Voyage, a Volkswagen divulgou mais um recall nos veículos. Agora, é a possbilidade de insuficiência de engraxamento no rolamento das rodas traseiras. Segundo comunicado, “a utilização nessa condição pode causar ruído, e seu uso continuado pode causar travamaneto da roda. Em casos extremos, pode haver o desprendimento da roda e, eventualmente, causar acidente”.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Você ainda vai ter um carro chinês!

Nos anos 90, a enxurrada de produtos Made in China invadiu o comércio informal no Brasil. A onda ocorreu em vários países e poucos imaginavam que a força da indústria chinesa poderia chegar ao mundo das quatro rodas. Agora, é bom pensar sobre isso: você ainda vai ter um carro chinês.

Em 2009, a grave crise que assolou o setor automotivo dos Estados Unidos, com a diminuição da produção de veículos dos fabricantes da terra do Tio Sam, terminou antecipando o que era esperada para daqui a dois ou três anos. Hoje, a China passou os Estados Unidos e se transformou no maior mercado de automóveis do mundo.

Na China, a compra de carros novos atingiu a marca de 13,5 milhões de unidades, um crescimento de 45% nas vendas de veículos em relação ao ano de 2008. Segundo o noticiário internacional, os Estados Unidos registraram 10,43 milhões de unidades comercializadas em 2009 - uma queda de 21% em comparação ao ano de 2008. Agora, a China se prepara para ser o principal pólo da indústria automotiva mundial.

Carro chinês

Desde a semana passada, estou com o utilitário chinês Tiggo e não fiquei surpreso ao ouvir a notícia guiando o veículo da Chery. O projeto do Tiggo, lançado em 2005 na China, mostra que os fabricantes de veículos de lá desejam fincar as suas estruturas em todos os segmentos do setor automotivo.

Se antes era um dos que duvidavam da qualidade e eficiência da indústria chinesa, hoje, acredito fortemente e percebo que, não é à toa, que a Gelly, por exemplo, comprou a Volvo da Ford Motor Company. A ousadia é das maiores e, lógico, que é preciso muita seriedade e investimentos altíssimos para a China conseguir um grau de qualidade nos seus veículos.

A primeira geração do Tiggo que aportou no Brasil ainda sofre de sérios problemas de acabamento interno, ruídos excessivos vindos do motor 2.0 de 134 cv e desenho externo que mais parece uma junção de vários veículos que já vi curculando pelas ruas do Brasil e do mundo.

O ano de 2010 será o ano da China. Aqui, o salão do Automóvel de São Paulo será o palco das empresas que possuem pretensões em abocanhar uma fatia no mercado brasileiro. Das novas, a JAC (Jianghuai Automobile Co. Ltd) tem planos bem ousados. Em março, chegam os seus primeiros veículos e, até o fim de 2010, a empresa já começa a vender quatro veículos: J3, em versão hatch e sedã, um modelo compacto com motor 1.3 (hatch e sedã), o J5, um sedã médio com motor 1.5 e a minivan. Agora, resta esperar.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Mercados e perfis

De uns tempos para cá, fiquei partidário das ações e promoções que respeitam o consumidor pelo seu perfil. E quando mencionam o perfil não são apenas as questões relacionadas ao gosto entre um sedã e um hatch, por exemplo.

Em um país como o Brasil, não dá mais para tratar o consumidor das regiões Norte e Nordeste como se ele fosse paulista, carioca ou mineiro. Em respeito aos estados brasileiros mais desenvolvidos, a situação é a mesma das multinacionais europeias, japonesas e norteamericanas: "empurram" carros para cá, sem antes perceberem que há enormes diferenças entre os mercados consumidores no mundo.

Por isso, defendo ações regionais, como a de enviar mais modelos esportivos, descapotáveis e compactos nas cores vermelha e amarela para os estados das regiões Norte e Nordeste do Brasil. A monocromia é um mal da indústria automotiva, e não se pode dizer que o consumidor é quem escolhe um veículo prata, preto ou cinza.

O balanço parcial de dezembro da Fenabrave indica que as vendas crescem mais por aqui que em estados das regiões Sul e Sudeste. Na primeira quinzena do mês passado, a região Nordeste ficou com 13,58% da participação das vendas de automóveis no Brasil. A região Norte registrou 3,66%. As regiões Sudeste (54,11%), Sul (19,95%) e Centro Oeste (19,24%) estão em primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente.

De todas, a que mais cresce - proporcionamelmente ao tamanho do mercado consumidor - é a região Nordeste. Portanto, seria interessante as montadoras instaladas no Brasil começarem a dar maior destaque ao consumidor desses estados.

Em cidades como São Paulo, não dá mais para andar de carro. Por aqui, o sonho do carro zero ainda está no imaginário de muitos. Com o poder aquisitivo em alta e investimentos de infra-estrutura, o dinheiro circula mais pelas bandas de cá, e as facilidades do financiamento deixam o sonho do carro zero bem mais real na vida de nortistas e nordestinos.